O Brasil se faz nas redes sociais
- Bruno Santos
- 12 de dez. de 2016
- 1 min de leitura
O Brasil sofre um efeito chamado "maria-vai-com-as-outras”. As pessoas nas redes sociais disseminam notícias falsas e movimentos conjuntos a favor de uma causa. Os membros da sociedade civilizada de hoje, os ditos nativos digitais, não analisam as informações, apenas curtem, compartilham e montam seu senso que, no caso, é desprovido de criticidade.
Esse cenário tem a ver com enquete feita em recente edição no programa "Encontro", apresentado pela jornalista Fátima Bernardes, da TV Globo. Após a exibição de um trecho do filme nacional “Sob pressão”, ela perguntou aos convidados e ao público quem deveria receber atendimento primeiro, o traficante à beira da morte ou o policial ferido com menor gravidade. O clima de ódio e a falta de lógica e compreensão dos fatos, baseados no discurso do “cidadão de bem”, tomou conta do mundo virtual.
Por meio do artigo “Neofascismo nas redes sociais”, o jornalista e professor de jornalismo, Moisés dos Santos Viana, analisa o ocorrido, apontando como as pessoas estão condicionadas a pensar igualmente e a favor de um único sentimento: o ódio ao “bandido”. O autor menciona que esse tipo de postura estimula o crescimento da extrema-direita e encobre os verdadeiros responsáveis pela violência, que são “a desigualdade social, a injustiça social e o racismo”.
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